Você já parou para pensar na sua própria pegada de carbono ou em como o seu dia a dia impacta o planeta? Quando falamos em sustentabilidade, temos o hábito de cobrar ações mais efetivas do governo, países, empresas e órgãos internacionais. De fato, essas instâncias têm alto poder de impacto, mas nós também podemos fazer a nossa parte, individualmente e como pessoa física.
Pequenas atitudes e gestos cotidianos demarcam a linha entre ter um estilo de vida sustentável ou uma conduta incoerente com o meio ambiente. E a tomada de consciência é o primeiro passo porque muitas vezes os nossos hábitos já são tão arraigados que alguns gestos já entraram no automático e nem nos damos mais conta.
Hoje, temos um amplo acesso a bens de consumo que trazem conforto e facilidade, mas a utilização de recursos naturais, como água, solo e energia elétrica para sustentar o padrão de vida atual já é muito maior do que o planeta é capaz de renovar. Para dar uma ideia, a Sobrecarga da Terra, índice que desde 1970 mensura a utilização de recursos naturais no mundo, chegou neste ano no seu ponto mais crítico. No dia 29 de julho, alcançamos o limite do que poderia ser renovado no ano sem ônus para o planeta. A partir dessa data, entramos “no vermelho”, ou seja, estamos em dívida com a Terra.
Essa é uma questão que toca a todos nós e cada um tem a sua parcela de responsabilidade. Entender um pouco como podemos contribuir para melhorar essa situação é um bom começo.
E uma forma interessante e curiosa de saber em números qual o impacto da nossa vida é medindo a nossa pegada de carbono. A Iniciativa Verde, uma organização do terceiro setor, criou uma espécie de calculadora de CO2, que você pode acessar por aqui . Nela, você insere informações simples, como uso de gás, eletricidade, transporte e base de alimentação. Com esses dados, a Iniciativa Verde informa a quantidade de toneladas de carbono que você emite por dia e o número de árvores que deveriam ser plantadas para compensar suas emissões.
Esse é um exercício muito positivo de reflexão sobre o “custo” ambiental do nosso estilo de vida.
E o segundo exercício é mais prático: que ações simples podemos adotar em nosso dia a dia para sermos mais sustentáveis? E aí entra a indicação literária dessa nossa Newsletter: “101 Dias com Ações Mais Sustentáveis para Mudar o Mundo”, de Marcus Nakagawa, professor da ESPM e consultor em educação para a sustentabilidade empresarial. O livro parte de questionamentos fundamentais do tipo “Como colocamos a sustentabilidade no nosso dia a dia”, “Como mudamos nosso modo de pensar e agir?”, “Como colocamos isso tudo na prática?”.
Nossa indicação de leitura dessa edição
Dessas indagações saiu esse livro que compila uma série de passos para colocar a sustentabilidade no cotidiano. E o melhor é que não são ações aleatórias, e sim baseadas nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU.
São pequenas atitudes, ao alcance de todos, que dependem apenas de uma mudança de modelo mental e podem fazer uma grande diferença. Basta parar para pensar na nossa própria rotina e em comportamentos inadequados que às vezes praticamos inconscientemente, como banhos muito demorados ou deixar as luzes acesas sem necessidade.
E o interessante desse livro é que além da ênfase ambiental, tem uma visão abrangente da sustentabilidade, abarcando aspectos econômicos, sociais e até comportamentais. Por isso essas ações sugeridas incluem tópicos desde “Faça Compostagem” ou “Colete Água da Chuva” até “Entenda as causas e o histórico das questões etnorraciais”, “Assista a documentários” e “Gentileza gera gentileza”.
Ou seja, além de ser um guia prático de sustentabilidade, também traz boas referências que nos ajudam a ser pessoas melhores em vários âmbitos da vida.
“COMA UM PRODUTO ORGÂNICO, OU QUEM SABE, MAIS”
Essa é uma das primeiras atitudes sustentáveis elencadas no livro. “Os benefícios que os alimentos orgânicos trazem vão muito além dos efeitos para a saúde humana. O não uso de produtos químicos ajuda o solo a se manter mais saudável, diminuindo a poluição ambiental; além disso os orgânicos protegem a biodiversidade; enfim, são muitos os benefícios de se consumir orgânicos.”
Esse é um tema que respiramos diariamente, é claro. Mas é sempre bom lembrar das vantagens que proporcionam. Hoje, felizmente, os orgânicos caíram na preferência da população, e mais e mais pessoas optam por esse tipo de alimento.
“Os 5 Rs”
O conceito dos 5 Rs é um dos fundamentos da consciência sustentável. Significa repensar, reduzir, recusar, reutilizar, reciclar. É um caminho que vai da transformação do mindset até a ação concreta. E cada etapa faz parte de uma política para a redução do consumo de energia, de matérias-primas e de recursos naturais.
Repensar: “Sempre que for consumir ou comprar algo, pense: eu preciso mesmo disso? É realmente necessário para mim agora? Terá serventia para mais de uma situação”. Quando pensamos assim, somos capazes de racionalizar melhor o nosso consumo.
Recusar: Se uma dessas respostas for negativa, é melhor recusar a compra do que estiver te atraindo.
Reduzir: Esse conceito é autoexplicativo. Significa basicamente se policiar para não consumir exageradamente bens que virarão resíduos não reaproveitáveis e evitar o desperdício.
Reutilizar: Pense no que é possível aproveitar novamente e opte sempre que possível por sacolas reutilizáveis. Há dicas básicas, como lavar o copo de requeijão e usá-lo como copo normal e imprimir nos dois lados da folha.
Reciclar: Se possível, tente mobilizar seus vizinhos para que sejam colocados postos de coleta seletiva próximo à sua casa e coloque na sua rotina a separação do lixo orgânico, reciclável e não reciclável.
Se você quiser saber mais, a Editora Labrador permite folhear o livro online.
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